Perdas seguradas por catástrofes naturais já somam US$ 80 bilhões no primeiro semestre de 2025

Fonte: Conhecer Seguros 

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De acordo com estimativas preliminares do Swiss Re Institute, as perdas seguradas globais decorrentes de catástrofes naturais totalizaram US$ 80 bilhões nos primeiros seis meses de 2025 — quase o dobro da média dos últimos dez anos e mais da metade do valor projetado de US$ 150 bilhões para o ano completo. A tendência histórica de crescimento anual entre 5% e 7% nas perdas seguradas se mantém, com a perspectiva de que o segundo semestre, tradicionalmente mais ativo, possa levar os prejuízos a superar as projeções.

O maior evento de perdas seguradas do período foi o devastador incêndio florestal em Los Angeles, ocorrido em janeiro, que resultou em danos estimados de US$ 40 bilhões. Este foi o maior sinistro da história envolvendo incêndios florestais, impulsionado por uma temporada prolongada de ventos Santa Ana e escassez de chuvas, que favoreceram a propagação rápida do fogo e a destruição de mais de 16 mil estruturas em uma área com alta concentração de imóveis residenciais de alto valor.

Nos últimos dez anos, os prejuízos com incêndios florestais cresceram de forma expressiva, reflexo da combinação entre aumento das temperaturas, secas mais frequentes, mudanças no regime de chuvas e expansão urbana em regiões de risco. Antes de 2015, os incêndios representavam cerca de 1% das perdas seguradas por catástrofes naturais. Hoje, essa fatia subiu para 7%.

O relatório também destaca as tempestades severas, que continuam sendo um fator importante de perdas. No primeiro semestre, esse tipo de evento causou US$ 31 bilhões em prejuízos segurados, com destaque para tempestades de granizo e tornados nos Estados Unidos. Embora o valor seja menor que os recordes de 2023 e 2024, o impacto segue relevante, amplificado pelo aumento do valor dos ativos, urbanização em áreas de risco e inflação.

Além disso, o terremoto de magnitude 7,7 que atingiu Mianmar em março causou perdas seguradas estimadas em US$ 1,5 bilhão apenas na Tailândia, além de um elevado número de vítimas fatais, evidenciando a gravidade das ameaças naturais mesmo fora dos centros de maior concentração de seguros.

Com o pico da temporada de furacões no Atlântico previsto para setembro, a Swiss Re alerta que a trajetória e o local de impacto desses fenômenos serão determinantes para o volume final de perdas do ano. A previsão indica atividade próxima ou acima da média, com a possibilidade de até cinco grandes furacões.

O economista-chefe do grupo Swiss Re, Jérôme Haegeli, reforça que o fortalecimento da resiliência das comunidades depende da adoção de medidas de mitigação e adaptação. “Nosso estudo mostra que ações como construção de diques, barragens e portões contra inundações podem ser até dez vezes mais eficazes do que reconstruir após um desastre.”

Com 60% das perdas anuais historicamente ocorrendo no segundo semestre, o cenário permanece incerto. Se a tendência atual persistir, as perdas seguradas por catástrofes naturais em 2025 podem ultrapassar os US$ 150 bilhões projetados.

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